30.9.09
24.9.09
Convite da UAB
17.9.09
Sirvam nossas façanhas..., José Antonio Somensi (Zeca)
Sirvam nossas façanhas...
Setembro apresenta duas datas carregadas de simbologia para nós. Diz à história, aquela contada nos livros, que no dia 07 de Setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil, cortou os laços que nos prendiam a Portugal, mas para consumo interno manteve a escravidão e a estrutura fundiária continuou beneficiando a elite agrária do país. Portugal 'aceitou' a Independência depois do pagamento de dois milhões de libras esterlinas conseguidas através de empréstimo junto à Inglaterra. Independência estranha essa porque D. Pedro I depois que deixou o trono de Imperador do Brasil foi por um pequeno período rei de Portugal.
Independência que ainda não se completou porque as desigualdades sociais estão aí a nos desafiar, a reforma agrária não sai, algumas empresas detêm o monopólio das sementes surgidas neste chão, escolhem o que, como e onde plantar. Temos uma casta de políticos atrelados a grupos internacionais e com atitudes de subserviência que enoja. Temos multinacionais com os seus testa de ferro que a todo o momento criam obstáculos para que a dependência continue. Hoje até temos os tais de bilhões de dólares (não mais libras esterlinas) de reservas cambiais e emprestamos dinheiro por aí, mas querem 'cuidar' da Amazônia por nós, querem o pré-sal e outras coisinhas mais...
Outra data significativa é 20 de Setembro, culto a 'tradição', ao mito, a bravura de um povo que costuma dizer que é brasileiro por opção. Além de valorizarmos a boa e farta comida, a música, o chimarrão, achamo-nos diferentes do restante do país, culturalmente superiores, politicamente os mais corretos e ainda lembramos a todos que 'no meu pala ninguém pisa' e num passado mais distante ainda gritaram 'esta terra tem dono'. Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra de peito estufado e queixo erguido.
Como a data de 20 de Setembro é nutrida pelo saudosismo acho que foi por isso que destruíram recentemente (maio de 2009) o monumento a Sepé Tiaraju, para mostrar quem é que manda por aqui, que esta terra tem dono e não servirá para reforma agrária nenhuma, nem que para isso tenham que derrubar um a um a tiro de espingarda calibre 12 cada Elton Brum da Silva que pise nestas terras que deixaram de dar lucro, mas não poder (quantos puxaram o gatilho desta espingarda?). Criaram as escolas feitas de módulos metálicos habitáveis (containeres) e negam aplicar na Educação o que a lei determina para mostrar como educar bem as nossas crianças nas adversidades. Mostram que muitos de nossos políticos defendem a ética de forma diferenciada depende da posição geográfica onde os fatos acontecem. Temos políticos que não precisam de cuecas, transparecem a sua decência gaudéria com dinheiro sendo transportadas em míseras sacolas plásticas que é para mostrar um profundo desapego ao vil metal e o dinheiro que carregam é para doações de cunho filantrópico. Criticam a escolha, em outros estados, de políticos folclóricos e não percebem que a mesma coisa acontece por aqui e toda a semana para não falar todos os dias, chamuscadas atingem a vida política do Rio Grande. Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra em uníssono e olhos marejados.
Talvez por estes e outros fatos que colocam o nosso estado neste início do século 21 de forma 'esgualepada' -para usar um termo de ocasião- é que fazem com que busquem valorizar cada vez mais este mito do tradicionalismo, porque como dizem os estudiosos, o mito opera uma ponte entre o passado e o futuro, um passado com a visão das estâncias (de poucos donos, diga-se de passagem) e um futuro iluminado e glorioso. Não convém falar do presente por ser perigoso, porque as questões cidadãs, do dia a dia comprometem, exigem posicionamentos e as pessoas aparecem como elas são realmente. Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra e nenhum pudor surge no rosto desta gente.
E por falar em história, a contada nos livros, o dia 20 de Setembro de 1835 é a data em que planejavam destituir o presidente da província do Rio Grande, mas deu errado e a tomada de Porto Alegre aconteceu um dia depois. Fazer o que se as façanhas não acontecem como a gente planeja?
José Antonio Somensi (Zeca)
16.9.09
texto de Pedro Casaldáliga
14.09.09 - AMÉRICA LATINA E CARIBE |
Dom Pedro Casaldáliga *
À maneira de introdução fraterna
Vinte anos atrás tratavam de ecologia umas poucas pessoas, tachadas inclusive de bucólicas ou de derrotistas. Não era um tema sério nem para a política nem para a educação nem para a religião. Podia-se venerar a Francisco de Assis como santo das flores e dos pássaros, mas sem maior compromisso.
Agora, e quem sabe se tarde demais, o mundo inteiro está-se sensibilizando, atordoado pelas notícias e pelas imagens de cataclismos atuais e de previsões pessimistas que enchem os nossos telediários. E já são muitos os congressos e os programas que ventilam como um tema vital a ecologia, desnudando as causas e urgindo propostas concretas acerca do meio ambiente. Até as crianças sabem agora de ecologia...
Frente aos gastos astronômicos nos espaços siderais, frente ao assassino negócio do armamentismo, frente ao consumismo e luxo de uma privilegiada parcela da Humanidade, agora vamos sabendo que o desafio é cuidar deste Planeta. A última grande crise, filha do capitalismo neoliberal, embrutecido na usura e o esbanjamento, que vem ignorando cinicamente tanto o sofrimento dos pobres como as limitações reais da Terra, está-nos ajudando a abrir os olhos e esperamos que também o coração. Leonardo Boff define O grito da Terra como o grito dos pobres e James Lovelock nos avisa acerca da 'A vingança da Terra', -a teoria de Gaia e o futuro da Humanidade-. "Durante milhares de anos, diz Lovelock, a Humanidade vem abusando da Terra sem ter em conta as consequências. Agora, que o aquecimento global e o cambio climático são evidentes para qualquer observador imparcial, a Terra começa a se vingar". Estamos tratando a Terra como um assunto apenas econômico e exigimos da Terra muitos deveres, mas ignoramos os direitos da Terra.
Certos especialistas e certas instituições internacionais nos vêm mentindo. A mão invisível do Mercado não resolvia o desastre mundial. Quanto mais livre era o comercio mais real era a fome. Segundo a FAO, em 2007 havia 860 milhões de famintos; em janeiro de 2009 cento nove milhões mais. A metade da população africana subsahariana, por citar um exemplo dessa África crucificada, mal vive na extrema pobreza. A ladainha de violência e desgraças provocadas é interminável. No Congo há 30.000 meninos soldados dispostos a matar e a morrer a troco de comida; 17% da floresta amazônica foram destruídos em cinco anos, entre 2000 e 2005; o gasto da América Latina e do Caribe em defesa cresceu um 91%, entre 2003 e 2008; uma dezena de empresas multinacionais controla o mercado de semente em todo o mundo. Os Objetivos do Milênio se evaporaram na retórica e em suas reuniões elitistas os países mais ricos dizem covardemente que não podem fazer mais para reverter o quadro.
É tradição da nossa Agenda enfrentar a cada ano um tema maior, de atualidade quente. Não podíamos, logicamente, deixar de lado este tema vulcânico.
O tema é amplo e complexo. Somos nós ou é o Planeta quem está em crise mortal? Baralhamos três títulos para esta Agenda 2010 que apontam para possíveis focos. "Salvar o Planeta", "Salvaremos o Planeta?", "Salvemo-nos com o Planeta". Optamos pelo último título, porque técnicos e profetas nos vêm recordando que nós somos o Planeta também; somos Gaia, estamos despertando para uma visão mais holística, mais integral; estamos descobrindo, finalmente, que o Planeta Terra é também o Planeta Água. Um recente livro infantil intitula-se precisamente Ajudo ao meu Planeta. A salvação do Planeta é a nossa salvação, e não faltam especialistas que afirmem que o Planeta vai-se salvar seguindo o curso do Universo e, entretanto, a vida humana e todas as vidas do Planeta serão um sombrio passado.
A Agenda não quer ser pessimista, não pode sê-lo. Quer ser realista, se comprometer com a realidade e abraçar vitalmente as causas que promovem uma ecologia esperançada e esperançadora.
Essa ecologia profunda, integral, deve incluir todos os aspectos da nossa vida pessoal, familiar, social, política, cultural, religiosa... E todas as instituições políticas e sociais, em nível local, nacional e internacional, têm de fazer programa seu fundamental "a salvação do Planeta". É imprescindível uma globalização de signo positivo, trabalhando pela mundialização da ecologia. Rechaçando e superando a atual democracia de baixa intensidade urge implantar uma democracia de intensidade máxima e, mais explicitamente, uma "biocracia cósmica". Urge criar, estimular, potenciar, em todas as religiões e em todos os humanismos uma espiritualidade "profunda e total" de signo positivo, de atitude profética na libertação de todo tipo de escravidão; vivendo e militando por uma nova valoração de toda vida, da matéria, do corpo, do eros. O ecofeminismo sai ao encontro de um desafio fundamental, Gaia é feminina. Impõe-se uma nova relação com a natureza, naturalizando-nos como natureza que somos e humanizando a natureza na qual vivemos e da qual dependemos. Eu sou eu, diria o filósofo, e a natureza que me circunda.
O melhor que tem a Terra é a Humanidade, apesar de todas as loucuras que temos cometido e seguimos cometendo, verdadeiros genocídios e verdadeiros suicídios coletivos.
Propiciando essa mudança radical que se postula e proclamando que é possível outra ecologia em outra sociedade humana, fazemos nossos estes dois pontos do Manifesto da Ecologia Profunda: "A mudança ideológica consiste principalmente em valorizar a qualidade da vida -de viver em situações de valor intrínsecas- mais do que tratar incessantemente de conseguir um nível de vida mais elevado. Terá que se produzir uma tomada de consciência profunda da diferença que há entre crescimento material e o crescimento pessoal independente da acumulação de bens tangíveis". E acrescenta o Manifesto: "Quem subscreve os pontos que se enunciam no Manifesto tem a obrigação direta ou indireta de agir para que se produzam estas mudanças, necessárias para a sobrevivência de todas as espécies do Planeta", incluindo «a santa e pecadora» espécie humana.
Militantes e intelectuais comprometidos com as grandes causas estão preparando uma Declaração Universal do Bem Comum Planetário que se expressa através de quatro pactos: 1) O Pacto ecológico natural, responsável de proteger a Terra. 2) O Pacto ecológico social, responsável de unir todas as esperanças e vontades. 3) O Pacto ecológico cultural, que deve estar baseado na promoção do pluralismo, da tolerância e do encontro da Humanidade com os ecossistemas, os biomas, a vida do Planeta. 4) O Pacto ecológico ético espiritual, fundado na dimensão do cuidado, a compaixão, a corresponsabilidade de todos com tudo.
Devemos escutar o que nos dizem simultaneamente as novas ciências e as novas teologias. Queremos viver este kairós ecológico de militância e de mística com o Deus de todos os nomes e de todas as utopias.
Com Jesus de Nazaré muitos libertários, profetas e mártires em Nossa América nos precedem e nos acompanham nesta marcha pelo deserto para "a Terra sem Males".
É uma utopia absurda? Só utopicamente nos salvaremos. A arrogância dos poderes, o lucro desenfreado, a prepotência, as claudicações, vêm a nos desanimar; mas nós nos negamos ao desânimo, à corrupção, à resignação. A Pacha Mama e Gaia estão vivas, são vivificadoras. Nenhuma estrutura de morte terá mais poder que a Vida.
Pedro CASALDÁLIGA
* Bispo Emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia
15.9.09
hoje na TV Câmara
13.9.09
notícia
João Buracão visita o Panazzolo
Cansados de esperar por uma providência da prefeitura, moradores do bairro Panazzolo, em Caxias, apelaram ao João Buracão como forma de protesto. O boneco foi montado na última segunda-feira na esquina das ruas Ana Nery e Dominico Bressan, para sinalizar o perigo no meio do cruzamento. Um buraco formou-se, há dois anos, porque paralelepípedos cederam. Com esse desnível, uma tampa de esgoto no meio da via ficou como um degrau.
De dois anos para cá, eu e vizinhos enchemos o buraco com terra e restos de obras duas vezes. Só que isso não é nosso serviço. Se a gente tapa, a prefeitura nunca arruma reclama Cláudio Lourenço Weber.
O morador alega já ter feito dezenas de ligações pedindo a manutenção.
11.9.09
sábado, 14h
Reunião do FÓRUM DOS USUÁRIOS do transporte coletivo urbano de Caxias do Sul
12 de setembro | sábado
às 14h
na UAB (União de Associações de Bairros)
Programa Projeto Popular - sexta, 11/09, 22h10
http://www.aenoticias.pr.gov.br/tv-aovivo.php
ou
http://www.rtve.pr.gov.br/modules/programacao/tv_ao_vivo.php
7.9.09
Conselho Municipal de Saúde
Todos/as cidadãos/ãs podem participar. A votação será por região. Identifique a sua e compareça!
Calendário:
Centro | 08/09/09 | Terça-feira | 19h | Sind. dos Metalúrgicos |
Santa Lúcia | 09/09/09 | Quarta-feira | 19h | Saláo Igreja São José |
Fátima | 10/09/09 | Quinta-feira | 19h | Escola M. Castelo Branco |
Cruzeiro | 11/09/09 | Sexta-feira | 19h | Salão do Cristo Operário |
Esplanada | 14/09/09 | Segunda-feira | 19h | Salão São Judas Tadeu |
Rizzo | 12/09/09 | Sábado | 17h | Salão S. Francisco Rizzo |
Forqueta | 12/09/09 | Sábado | 9h | Salão paroquial S. Antonio Forqueta |
Ana Rech | 17/09/09 | Quinta-feira | 19h | Ass. Jardim Eldorado |
Galópolis | 26/09/09 | Sábado | 14h | Salão paroquial |
Rural | 19/09/09 | Sábado | 9h | Sind. Trabalhadores Rurais |