29.8.16

Artistas e intelectuais brasileiros pedem respeito ao voto popular

CONTRA O GOLPE

Artistas e intelectuais brasileiros pedem respeito ao voto popular

"Presidenta Dilma Rousseff não cometeu crime. Por isso, seu afastamento é claramente uma manobra política para tomada de poder sem a aprovação das urnas", diz a mensagem
por Redação RBA publicado 29/08/2016 10:14
REPRODUÇÃO FB
Artistas

São Paulo – Ao encaminhar mensagem apoiada por 41 assinaturas, Wagner Moura afirma que os "políticos corruptos que lideram a articulação para depor Dilma têm de saber que há um holofote internacional iluminando suas ações. Se eles derem continuidade ao seu plano, serão lembrados pela história como os responsáveis pelo mais sinistro ataque à democracia desde o Golpe de 1964".

Não é a primeira vez que profissionais do mundo das artes, das comunicações e da universidade se manifestam contra o impeachment. Desde dezembro, quando o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) permitiu o ingresso do processo, mais de 800 se manifestaram, por meio de documentos e ações públicas de resistência.

O Brasil vive um dos momentos mais dramáticos de sua história, com a proximidade da votação final sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

O mundo assiste com preocupação a essa ameaça à democracia, como no caso de nossos colegas do Reino Unido, Estados Unidos, Canada e Índia, que publicaram uma declaração alertando que o impeachment representaria "um ataque as instituições democráticas", que levaria ao retrocesso econômico e social.

Os senadores que defendem o impeachment ficarão marcados na história por protagonizar o ataque mais cruel à nossa democracia desde o golpe militar de 1964. A história cobrará explicações, já que não existe base legal para justificar o impeachment.

De acordo com o Ministério Público Federal, a presidenta Dilma Rousseff não cometeu crime. Por isso, seu afastamento é claramente uma manobra política para tomada de poder sem a aprovação das urnas.

Esse ataque aos processos democráticos representa uma ameaça aos direitos humanos e levará o Brasil a uma situação de maior instabilidade política e desigualdade social e econômica.

Estamos profundamente agradecidos por essas importantes palavras de apoio de nossos colegas na Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canada e Índia. Os políticos corruptos que lideram a articulação para depor Dilma têm de saber que há um holofote internacional iluminando suas ações. Se eles derem continuidade ao seu plano, serão lembrados pela história como os responsáveis pelo mais sinistro ataque à democracia desde o Golpe de 1964.

A manifestação de Wagner Moura recebeu adesões de:
1. Adair Rocha, professor
2. Aderbal Freire Filho, diretor teatral
3, Alice Ruiz, poeta
4. André Lázaro, professor
5.Augusto Sampaio, professor
6. Bete Mendes, atriz
7. Biel Rocha, militante de direitos humanos
8. Caetano Veloso, compositor e cantor
9. Camila Pitanga, atriz
10. Carla Marins, atriz
11. Cecília Boal, psicanalista
12. Cesar Kuzma, teólogo e professor
13. Célia Costa, historiadora e documentarista
14. Charles Fricks, ator
15. Chico Buarque, compositor e cantor
16. Clarisse Sette Troisgros, produtora
17. Cristina Pereira, atriz
18. Dira Paes, atriz
19. Dulce Pandolfi, cientista política
20. Eleny Guimarães-Teixeira, médica
21. Generosa de Oliveira Silva, socióloga
22. Gilberto Miranda, ator
23. Gaudêncio Frigotto - escritor e professor
24. Isaac Bernat, ator
25. José Sérgio Leite Lopes, antropólogo
26 Julia Barreto, produtora Julia Barreto
27. Jurandir Freire Costa, psicanalista e professor
28. Leonardo Vieira, ator
29. Leticia Sabatella, cantora e compositora
30. Luis Carlos Barreto, cineasta e produtor
31. Luiz Fernando Lobo, diretor artístico
32. Marco Luchesi, poeta e professor
33. Maria Luisa Mendonça, professora e jornalista
34. Marieta Severo, atriz
35. Paulo Betti, ator
36. Ricardo Rezende Figueira, padre e professor
37. Roberto Amaral, escritor
38. Sílvia Buarque, atriz
39. Tuca Moraes, atriz e produtora
40. Virginia Dirami Berriel, jornalista
41. Xico Teixeira, jornalista

http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2016/08/artistas-e-intelectuais-brasileiros-pedem-respeito-ao-voto-popular-2407.html 


17.8.16

As vaias ao francês Lavillenie mostram que a cultura do ódio triunfou entre nós.

As vaias ao francês Lavillenie mostram que a cultura do ódio triunfou entre nós. Por Paulo Nogueira

Postado em 16 Aug 2016
Nem as lágrimas do derrotado comoveram os brasileiros

Nem as lágrimas do derrotado comoveram os brasileiros

O brasileiro está doente. Socialmente doente. Foi chocante, foi depressivo ver as vaias ao francês Renaud Lavillenie na noite em que o brasileiro Thiago Braz recebeu no Estádio Olímpico sua medalha de ouro.

Os sociólogos terão que reescrever o nosso perfil. Éramos um povo cordial, segundo os especialistas.

Somos hoje uma nação de gente cheia de ódio.

A primeira vaia a Lavillenie já fora um horror. Foi quando ele foi batido por Thiago.

Isso não é civilização.

A segunda, na entrega das medalhas, foi ainda pior.

Não há grandeza na vitória quando o vencedor se comporta desta maneira. É moralmente repulsivo.

O francês já experimentara seu castigo: a derrota numa prova em que ele era um dos grandes favoritos.

Já é um suplício. Jamais esqueceremos as lágrimas copiosas de Djokovic ao ser batido no torneio de tênis. Sua alma estava despedaçada.

Alguém acha que Lavillenie estava numa situação melhor que a de Djokovic ao ser derrotado? Uma das imagens mais desoladoras dos Jogos do Rio foi o choro quieto de Lavillenie no palco. Nem assim os brasileiros foram misericordiosos.

O público já mostrara uma atitude patológica ao vaiar o maior rival de Bolt, Gatlin.

"Não é exatamente uma cena comum", disse o comentarista da BBC diante dos apupos, desagradavelmente surpreso.

O crime de Gatlin era o de ser o adversários mais qualificado de Bolt.

Os atletas olímpicos fazem monumentais sacrifícios para nos proporcionar momentos de encanto duradouros. Treinam duramente enquanto descansamos. Esfolam-se em disputas massacrantes enquanto os vemos com nossos traseiros no sofá, pipoca nas mãos.

Vaiá-los não é apenas prova de déficit civilizatório. É um ato de suprema ingratidão diante de quem nos entretém tanto.

Fomos sempre assim, e apenas nos iludíamos com a tese de que éramos gentis?

Ou alguma coisa aconteceu e destruiu nosso caráter?

Suspeito — apenas suspeito — que a campanha de ódio das grandes empresas de mídia tenha um papel relevante em nossa transformação negativa.

Cabe aos sociólogos investigar o fenômeno. E não estou incluindo aí o outrora cientista social FHC, hoje um miserável golpista e um propagador de ódio.

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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

10.8.16

é neste sábado, dia 13!



AMÉRICA LATINA, DIFERENTES GOLPES E ALTERNATIVAS DE MODELOS
A encruzilhada da América Latina entre regressão e avanços


Prof. Ms. Carlos Roberto Winkler

13 de agosto de 2016 | sábado
8h30 às 15h
Centro Diocesano de Formação Pastoral
(Rua Emilio Ataliba Finger, 685 - B. Colina Sorriso - Caxias do Sul)


* Prof. Ms. Carlos Roberto Winckler é formado em Letras, Direito, Mestre em Sociologia UFRGS, Trabalhou na PUC, e na Fundação de Economia e Estatística como pesquisador. É professor de Sociologia na UCS há 28 anos.

Vagas limitadas
Investimento: R$ 35 (valor inclui almoço)
Informações:
https://goo.gl/CnG0Qx
Inscrições: enviar mensagem para fepoliticaetrabalho@gmail.com

1.8.16

Aula Pública: Integração na América Latina

Aula Pública: Integração na América Latina

https://www.youtube.com/watch?v=fK9zNBZWly0&list=PLWOdS62CKLoKliNg_l7X2mPpFrjn_WTti


A integração na América do Sul vive um momento de incerteza.

Após crescimento expressivo na última década, liderado por governos de esquerda, a cooperação regional perdeu fôlego com o avanço de forças conservadoras.
Com a crise econômica e derrotas do campo progressista nas urnas, cresce a pressão por um alinhamento com Estados Unidos e Europa.

Grupos de direita defendem que o Mercosul deve se alinhar às cadeias produtivas globais, ao invés do investimento na relação entre vizinhos.

Em contrapartida, defensores da integração sul-americana argumentam que a cooperação, sobretudo em infraestrutura e energia, é fundamental para superar a crise.

Mas afinal, qual deve ser a agenda econômica e social do Mercosul e da UNASUL?

Convidado: Tatiana Berringer
Doutora em Ciência Política pela UNICAMP e professora de Relações Internacionais da UFABC


BAIRRO PANAZZOLO - MAPA

BAIRRO PANAZZOLO - MAPA