13.2.09

A crise e o movimento comunitário

A atual crise do sistema capitalista é com certeza a maior de toda sua história. Ela se apresentou devastadora, responsável por derrubar as bolsas mundo afora, quebrou e fundiu bancos, empresas faliram, milhões de dólares dos governos estão sendo utilizados para ajudar o sistema financeiro e o pior de tudo, é responsável pelo fechamento de milhares de postos de trabalho e ter colocado 100 milhões de pessoas na pobreza em 2008 no mundo com a previsão que mais 20 milhões de pessoas perderão seus empregos em 2009. Ela anuncia que o mundo viverá tempos de recessão, tempos de dificuldade para os povos.
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Se o governo FHC tivesse conseguido privatizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, hoje o país estaria fragilizado para enfrentar essa crise. A sorte do povo brasileiro é que já estava em andamento, no nosso país, um projeto de recomposição da economia, focado na expansão da capacidade produtiva e no crescimento do mercado interno, além de proporcionar garantias mínimas para a enorme população de famintos que tínhamos no Brasil. Em que situação estaríamos hoje, se o nosso parceiro comercial prioritário continuasse a ser os Estados Unidos? Certamente teríamos quebrado junto, com conseqüências danosas muito maiores para o nosso povo.
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Cabe aos trabalhadores e os movimentos sociais organizados pressionarem os governantes do mundo, que a saída da crise seja pelo campo democrático popular, saída de sentido progressista, garantindo os direitos dos trabalhadores, investimentos estruturantes em políticas públicas, com a desoneração da produção como forma de garantir empregos. Essa é uma forma de não permitir que os trabalhadores paguem à conta da crise, que se tiver que ser paga por alguém, que seja pelos especuladores. Também, é importante colocar, que é chegada a hora de os empresários que por muitas vezes construíram seus impérios com dinheiro público, agora saibam retribuir e não descontem nos trabalhadores, eventuais prejuízos.
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Precisamos fazer da luta social, um elemento de mobilização popular, preparar o país diante da recessão. É importante o movimento comunitário somar esforços no sentido de dar respostas a atual crise econômica, dialogando e mobilizando sua base social, fortalecendo e politizando-a, somando com outras entidades dos movimentos sociais. Na formação de um amplo movimento político em defesa da democracia, dos trabalhadores, das políticas sociais de caráter estrutural, defendendo os recursos do PAC, da Saúde, Habitação e da Educação.
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Depois da redemocratização já tivemos a possibilidade de avaliar qual é o melhor rumo para o nosso país. Temos que aproveitar esse período difícil e propor mudanças que venham ao encontro da melhoria de vida daqueles que mais precisam. O grande desafio do movimento comunitário nacional é a aprovação da PEC 285 que vincula 2% das receitas da União e 1% dos Estados e Municípios para Habitação de Interesse Social. Enfrentar a crise é não deixar interromper o processo de desenvolvimento econômico em curso no País. Assegurando assim o futuro para as próximas gerações.
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